O RIACHO DO EREMITA


Entre pequenos barulhos, suaves e inocentes,
seguem as águas, carregando as sementes,
que irão um dia, muito distante germinar...
Nessa sua viagem, dia e noite, incessante,
jamais parou, nem por um único instante,
para me ouvir, ao lado do regato cantar...

Pequeno regato,
cortando o mato,
viajando para o mar...

Àguas tão limpas,esmeraldas da natureza,
jamais conseguirá, levar a minha tristeza,
para tão longe, longe, para onde sempre vai...
Ficam aqui, nesse ranchinho beira chão,
as letras, e a melodia de uma canção,
sou folha verde, que em seu leito não cai...

Será cachoeira e será rio
sem lembrar, de onde saiu,
de onde, o eremita não sai...


GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 11/11/2012
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