MEU PEQUENO RIBEIRÃO


Leve tudo isso do meu pensamento,
leve junto com o suave vento,
leve, minha tristeza para o mar...
Vivo aqui, nesse rancho, no mato,
tendo por companhia, o regato,
que nunca escuta, o meu chorar...

Vivendo a tanto tempo sozinho,
companhia? Só um passarinho,
e a saudade, aqui sempre presente...
E o vento, com seu triste assobio,
que acompanha o pequeno rio,
sempre rimando, com sua corrente...

Em noites escuras, e com neblina,
quando saio lá fora com a lamparina,
ouço o rio, e seus sons na escuridão...
Aí sim,sinto na alma, de verdade
a dor, que vem de uma saudade,
seus barulhos, são letras de solidão...

Àgua, que ao bater na pedra, grita,
som, que atinge a alma do eremita,
mas seguem ,vão diretas para o mar...
Meu regato, vizinho, pequeno ribeirão,
em uma serenata, pediu meu coração,
para um dia,também daqui me levar...



GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 08/11/2012
Código do texto: T3975650
Classificação de conteúdo: seguro