SEPULTANDO SERENATAS


Estou sepultando serenatas,
no nosso templo do amor,
sobre o som das cascatas,
sobre meu túmulo da dor...

Segue o regato,em sua corrente,
ouvindo um pássaro a cantar...
Leva, para longe a semente,
que aqui, não vai mais voltar...

Tristeza maior, será que existe?
Acho que isso, não devia perguntar.
Foi ela, o meu doce, o meu alpiste,
lindo gorgeio, que fez me sonhar...

Junto vivemos a vida, para valer,
mas tanto, não durou um segundo,
quero ir tambem,quero morrer,
nada mais resta, nesse mundo...

Sua presença, a linda voz que ouvia,
agora, só essa saudade ficou,
morta está também minha poesia,
a musa, para sempre me deixou...

Sinto que perdeu a doçura, o mel,
e a natureza só mostra me a solidão.
Ela é agora uma estrela no céu,
que não ilumina, minha escuridão...



GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 03/11/2012
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