A SAUDADE QUE MATA
Ontem estava cá
Por fim da vida nó
Tinha-me por tigela jiló
E que posso ditar já.
Meditei entre tantas palavras
Saudades entre tantos vazios
Mata me corpo de arrepios
E o juízo, me é posto de galinhas!
A saudade é dor pungente
E a rede em noite de frio
Abro e deito neste vazio
Pois não esta aqui, amante!
Meu amor, esta saudade fere
Esta saudade que pode matar
Saudade que deixa vaguear
Esta saudade minha, e tece!
Quero hoje deixar meu barco
Em suas ancas minha bela
E dedilhar esta saudade tida
Para bem longe, minha linda!
Heronildo 13 de outubro de 2012