VELHO LIVRO
VELHO LIVRO
Esse fogo que queima...
Aceso em minha alma
Sangrando uma queixa
Labaredas de amor
Nas janelas da despedida
Ainda perfumam minha vida
Com risos pela metade
Carregados de lágrimas
Cansadas...
A espreita de respostas
Não pronunciadas
Ainda latejam no silencio
Do meu verso triste
Uma saudade despida
Antes de dormir...
Um sonho aceso na madrugada
Velando minha insônia
Fere, feito brasa mal apagada
Gravetos gravados no pensamento
Acendendo você...
Tira-me o bom senso
Faz-me insistir
Num novo verso
Reflexo inexorável de fé
Dentro de mim
Gritando tua existência
Fornalha viva de esperança
Junto às estrelas,
Damas da noite
Companhias assíduas
De poemas virgens
Ainda rezam comigo
Uma rima...
_Amor... Que não morre...
Vira eterno romance,
Vive clandestinamente...
Nas mãos dos amantes,
E na estante do tempo
Doloroso de se reler.
Poesia Marisa Zenatte.
* Direitos Reservados