NA PENUMBRA

Quanto tempo já passou

e tudo continua tão igual

só dentro de mim tudo mudou

causando-me tanto mal

Em mim tanta amargura

um silêncio assustador

guardando a desventura

do que um dia foi amor

Vem a noite, vem o dia

tudo em mim é feito breu

cada canto, que agonia

a lembrar quem me esqueceu

Fantasmas de um passado

desfilam na penumbra agora

em um canto isolado

a presença de quem foi embora

E na penumbra ainda o cheiro

impregnado na saudade

do abraço derradeiro

do adeus a felicidade

Célia Jardim

Célia Jardim
Enviado por Célia Jardim em 26/02/2007
Reeditado em 08/12/2007
Código do texto: T393590
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