Barcaça, n° 1
Não sei se és mentira
E se és ou fostes não respira!
Não sei se mais indolente se abraça...
E se abraça, aviva esse devaneio sem graça.
Estremece-se e arqueja no verão
E mesmo assim sendo um flerte em vão
Mesmo sendo a volta, instila-me a morrer,
E se morte és, beijo sois do meu querer.
Leve salto agudo de nostalgia,
Leve pouso e austera semente d’alegria,
Lânguido suor de frieza e tão viril...
No adormecer ébrio de um roto sonho de anil.