Poeta em Dor
Fria geada convida-me ao calor de mim mesmo
minh’alma...Reduto onde me escondo do mundo
As ruas de tão cheias são vazias...Fujo da vida...
Tanto amam que ondeiam na vertente de seus amores
Prefiro a solidão de meu espírito que os braços dos amigos
Que do brilho de meus olhos são salteadores...
Escondo-me nesta melancólica manhã
Vislumbro o mundo por trás de minha cortina de sonhos
Quimeras encantadas que sufocam minha agrura...
E a saudade é o leito gelado de um rio
Que espera em calmaria o cair de uma fina chuva...
-Chuva ingrata que não chega...
Dorme no açoite desta geada o triste rio
Sua superfície é fria, mortal e congelada...
Mas por dentro toda uma liquidez é guardada
Por que sofre o rio com sua saudade
Se a chuva é parte sua?
Durma traiçoeiro e saudoso rio...
E acorde no romper das águas
Que em outra terra do céu caiu...
Acalma-te febril coração
Durma em teu esconderijo
Pois o frio é instante passageiro
Acaba no nascer de uma nova estação...
Chora personagem da nova aurora
Toda tua saudade...
toda tua dor de ontem e agora...
Chora alma imantada por solidão
Toda tua fantasia roubada
Cada gota de fel de teu coração...
Voa pássaro de ilusão
Pelo o céu de teu passado...
Perca-se nos aludes de teus dilemas
vaguei no canto da natureza
Ignore a realidade na beleza suprema...
E se tiver de morrer nas vias de tua arte
Morra e renasça!
Não tema!
Ouça o canto de um simples menestrel
Aquele pássaro tímido e faceiro
Que deitas como poesia sobre fino papel...
Fria geada convida-me ao calor de mim mesmo
minh’alma...Reduto onde me escondo do mundo
As ruas de tão cheias são vazias...Fujo da vida...
Tanto amam que ondeiam na vertente de seus amores
Prefiro a solidão de meu espírito que os braços dos amigos
Que do brilho de meus olhos são salteadores...
Escondo-me nesta melancólica manhã
Vislumbro o mundo por trás de minha cortina de sonhos
Quimeras encantadas que sufocam minha agrura...
E a saudade é o leito gelado de um rio
Que espera em calmaria o cair de uma fina chuva...
-Chuva ingrata que não chega...
Dorme no açoite desta geada o triste rio
Sua superfície é fria, mortal e congelada...
Mas por dentro toda uma liquidez é guardada
Por que sofre o rio com sua saudade
Se a chuva é parte sua?
Durma traiçoeiro e saudoso rio...
E acorde no romper das águas
Que em outra terra do céu caiu...
Acalma-te febril coração
Durma em teu esconderijo
Pois o frio é instante passageiro
Acaba no nascer de uma nova estação...
Chora personagem da nova aurora
Toda tua saudade...
toda tua dor de ontem e agora...
Chora alma imantada por solidão
Toda tua fantasia roubada
Cada gota de fel de teu coração...
Voa pássaro de ilusão
Pelo o céu de teu passado...
Perca-se nos aludes de teus dilemas
vaguei no canto da natureza
Ignore a realidade na beleza suprema...
E se tiver de morrer nas vias de tua arte
Morra e renasça!
Não tema!
Ouça o canto de um simples menestrel
Aquele pássaro tímido e faceiro
Que deitas como poesia sobre fino papel...