NO AMARGOR DA SOLIDÃO

NO AMARGOR DA SOLIDÃO

Lágrimas rolam em meu rosto,

Como o fluxo e refluxo das ondas do mar,

No meu ser invade um desgosto,

Que me sufoca e falta o ar.

Que meu choro, não seja em vão,

Sirva ao menos para molhar o chão,

A terra seca do meu sertão,

E que da rosa possa nascer um botão.

Minha vida é um só pranto,

Não tenho nenhum encanto,

Somente a triste desilusão,

Amarga no meu coração.

Vivo perdido no amargor da solidão,

Sem nenhum direito de provar da felicidade,

Vago a esmo por toda a imensidão,

Tendo como companheira a velha saudade.

Minha alma implora o teu perdão,

A dor é tão grande, que sufoca o meu peito,

Ao Deus Pai eu agradeço a sua bênção,

Resignado eu espero a morte em meu leito.

ChicoMesquita
Enviado por ChicoMesquita em 10/10/2012
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