TEMPOS DE CRIANÇA...
Quanto tempo se passou,
A saudade não esgotou,
Sempre me vem na lembrança,
A Fazenda Esperança.
Nos cavalos a galopar,
Sempre tínhamos que apostar,
Quem chegava primeiro lá em baixo,
Na beirada do riacho.
Era hora de nadar,
O corpo então refrescar,
Brincadeiras de criança,
Que sempre volta à lembrança.
O cavalo a se refrescar,
Com sua sede a matar,
Esperando a volta pra sede,
Para então deixar a rédea.
O jantar do fogão à lenha,
O leite vindo da ordenha,
Tinha um sabor incomum,
Que nunca vi em lugar algum.
Depois, era escutar o radinho,
Pra ouvir então um cadinho,
Um aviso de um parente,
Que dali estava ausente.
Vem assim na memoria saudosa,
Essa lembrança gostosa,
Que o tempo não pode apagar,
E somente deleitar.