Banal
Eu te vi menina, e me apaixonei. Não sabia o que implica se amar uma menina, mas paguei pra ver. E vi os sonhos nascendo, olhos brilhando, a esperança, o início de uma vida sem limites. E senti o que nunca havia sentido em outra pessoa. Tive vontade de beijar, abraçar, apertar, de ser você! Entendi o que querem dizer os poetas, quando mencionam o “ser um só”, pois foi assim que me senti. Queria ser um só com você. Não imaginava o quanto a vida nos cobra no dia a dia, não tinha idéia do quão frágil o amor pode ser. Talvez por não saber que dizer “eu te amo”, se tornou algo banal. Pessoas repetem sem de fato sentirem a frase. Eu te amo, deveria ser algo definitivo, um final e não um começo.
Hoje me vejo só, e não sei se quero ter alguém. Estar só, com todo esse amor no peito, não me faz vazio. As lembranças consolam, confortam, acalmam... o tempo segue, implacável, e é assim que deve ser.
Meu amor e minha mágoa, convivem nos filmes, músicas, fotos , gestos... e memórias.
Um brinde ao meu não esquecimento de mim mesmo. Por nós!