Saudade Apenas...
Ainda que eu acorde e o sol brilhe
E meus olhos reflitam o brilho desta luz
Não estou eu feliz como deveria...
Ainda assim, meu peito se aperta de saudades
E minhas lágrimas se escondem pelos cantos...
Dos meus olhos cansados...de esperar
Ainda que eu veja no céu...a lua com seus encantos
As estrelas pelos quatro cantos...
Ainda assim meu peito se aperta de saudades
Não estou tão triste como poderia...estar
Ainda que tudo pareça perfeito...
Quem pode saber o que vai em meu peito?
O que me cala a alma que grita
No meio de um silêncio contido...saudades
Ainda que eu não desista de esperar...
O tempo não para de passar...avança
Distância a esperança de encontrar...o que se foi
Ainda que meus olhos vejam o mar todos os dias
Já não sinto em mim, a paz que ele trazia
Meu rosto cansado, meus olhos molhados
Minhas mãos sem o viço da juventude...teima
Em escrever poemas nunca lidos...
Como lírios caídos, perdendo a cor...
Ainda que tudo passe devagar o suficiente
Para me moer a alma...essa dor
Permaneço viva em cada frase lida
Em cada poema sentido...em cada lágrima escondida
Não morre em mim a certeza...que não serei esquecida
Porque tudo que morre, desaparece ou se esconde
Permanece vivo...na saudade.