.:. Veladas vozes .:.
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Algumas vozes
eu as perdi com o tempo:
a do meu filho
a do meu pai
a do meu avô.
Do meu filho, apenas o choro de dor;
do meu pai, a própria razão de viver;
do meu avô, as lições de vida.
Hoje todos dormem
E nos meus sonhos
eles me ajudam a caminhar.
Meu filho, que apenas vi chorar e sofrer,
agora me sorri, alegremente;
meu pai ainda me orienta,
dando-me broncas que me acalentam.
E do meu avô
ouço os versos livres e ingênuos...
versos de homem matuto
que viveu a vida amando,
dançando e prosando –
flertando a magia do viver,
aprimorando o coração sonhador.
Agora, em coro,
todos me avisam
que no derradeiro momento
estarão de braços abertos
a me esperar
Crato-CE, 24 de abril de 2011.
21h57min
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