PRISIONEIRA DA CULPA

Teu adeus foi uma cela fria

Onde passei os piores dias

A me conformar com a realidade.

Teu desprezo foi um soldado

Que de cruel e mal grado.

Torturou-me, sem piedade.

Minha culpa foi o crime

Que em palavras não se exprime.

Condenou-me, a tanta saudade.

Fiquei presa a longos anos,

Perdidos e insanos

No cárcere da infelicidade.

Mas hoje, no julgamento final...

As lembranças inquietantes

De uma beleza instigante

Depuseram em defesa com a verdade.

O razão foi a melhor advogada

Que com sinceridade comprovada

Defendeu minha causa com veracidade.

O tempo foi o juiz

Que cansado de ver-me infeliz

Concedeu-me o veredito de liberdade.

Hoje estou livre! Mas, morta de saudade.

Dhora Prado

Dhora Prado
Enviado por Dhora Prado em 27/09/2012
Reeditado em 27/09/2012
Código do texto: T3904294
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.