Sentimos
Perscrutando minhas vagas lembranças
Constatei que a saudade é disfarçado arrependimento...
Nada nunca é tão perfeito...Jamais estamos satisfeitos
E das coisas vividas pouco conhecemos do contentamento...
E a saudade não existe até que se prove da perda o manar...
Não sentirei a falta de nenhum lugar, enquanto não partir
Se aqui sempre existir...Nunca irei confrontar o que fiz e o que não fiz...
Porque a saudade é um reflexo da alma desejosa
Em receber novamente uma oportunidade nova...
E assim fazer melhor o que já foi feito...
Em vez de virar as costas sem nada dizer
Despedir-se com o calor de um beijo...
No soprar da nostalgia...Penso que saudade também é covardia
Um desespero taciturno escondido no descontentamento...
Querer voltar para um estado Supremo
Onde fomos mais felizes do que somos em presente momento...
Saudade...Nunca a entenderemos...
E por sermos despercebidos no agora
Sempre a sentiremos...Pois valorizamos diante o fim...
Depois que tudo se vai queremos tomar de volta...
No soprar de minha melancolia...Eu compreendo...
Se morro de saudades cada dia um pouco
Posso dizer então que vivi o que pude viver
E como troféu tenho a paz de minha saudade
Permitindo que eu visite a estrada encantada do correr do tempo...
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