Era tanta saudade.
Um olhar perdido lá no horizonte.
Ali sozinho numa pedra da praia,
Sente uma brisa fria pela fronte,
Enquanto uma saudade lhe tocaia
Perde-se neste lindo azul do mar.
Sonha a amada vinda deste mar,
No barco que um dia ela partiu.
Alivia seu coração neste sonhar,
O vento amigo num desejo subtil.
Entoa a canção que fala de amor,
Em serenatas de noites enluaradas,
Real expressão da alma do cantor,
Agora apenas letras desabrigadas.
Logo os raios solares beijam o mar,
Derradeiros raios com rara beleza.
Fica o poeta a sonhar num velejar,
No pôr do Sol com sua nua tristeza.
Toninho.