Noites perdidas, partidas.
Noites encurraladas de solidão.
Noites perfuradas de silêncio.
Noites longas nas madrugadas de espera.

Poucas palavras, apenas o som da escuridão.
O som da alma de um quase poeta.
O som tardio de uma porta abrindo.
O som cansado de uma noite de chuva.

Vai se espalhando a noite com o vento do amanhacer.
Vai se embora o triste adormecer das palavras, das cantigas marteladas.
Vai e se vem comigo pendurado em cada palavra.
Aventurando em um em um salto abismal de escrever uma poesia sem fim



B DA SILVA
Enviado por B DA SILVA em 09/09/2012
Código do texto: T3873898
Classificação de conteúdo: seguro