A SAUDADE

(Sócrates Di Lima)
 
I
 
A saudade quando me pega,
Deixa-me tão desordenado,
O meu coração se entrega,
Como se ela morasse ao meu lado.
 
A saudade é assim trigueira,
Não me deixa abandonado,
Ela não é passageira,
Deixa meu peito carregado.
 
A saudade é  tão penosa,
Faz doer sem machucar,
É pétala solta de rosa,
Que o Sol faz secar.
 
Refrão....
 
A saudade  não tem pena,
É loira e bem mulher,
Tem olhos azuis que me acena,
Lá onde o tempo meu não quer.
 
II
 
E o vento a carregar,
A folha da rosa morta.
A saudade é um penar,
Parece uma estrada torta.
 
E eu aqui tão distante,
Sozinho na minha tapera,
Deixei de ser um errante,
Amei mais do que eu pudera.
 
Assim me pega a  saudade,
Quando eu nem mais preciso dela,
Mas, falando a  mais pura verdade,
Eu ainda morro de amor por ela.
 
Refrão...
 
E a saudade não tem pena,
É loira e bem mulher,
Tem olhos azuis que me acena,
Lá onde o tempo meu não quer.
 
 
 

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 08/09/2012
Código do texto: T3871998
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