A ROSA

(Sócrates Di Lima)

A rosa posta na minha janela,
Trazida pelo branco pássaro do amor,
Espera querendo levar pra ela,
Minha saudade seja aonde for.

 
A rosa que fala em meus ouvidos,
Sem que eu escute sua voz,
Mas que bagunça meus sentidos,
Sussurrando as saudades de nós...
 
A rosa que canta sem melodia,
Que mais parecem os sinos da Catedral,
Seu cântico derrama poesia,
Como quem faz um recital.
 
A rosa que me traz lembranças,
Vermelha ou azul não importa,
É rosa que trazem esperanças,
De vida para uma saudade nunca morta.
 
A rosa que tem mãos macias,
Pétalas de suave esplendor,
A rosa que lembra as malicia,
...das loucuras de amor.
 
A rosa que traça caminhos,
Que enfeita o jardim do meu coração,
Que não deixe que eu esqueça os carinhos,
Nem as loucuras da minha emoção.
 
Rosa que trazem o mel,
Dos lábios daquela mulher,
Que no amargo do fel,
Adocica meus lábios como a saudade quer.
 
Rosa desenhada no corpo delineado,
Pigmentado nos olhos daquela mulher,
Um azul sereno e mesclado,
Das cores que a saudade trouxer.
 
A rosa que não me deixa mentir,
Nem estancar meu chorar,
A rosa que me faz sentir,
O quão doce foi meu amar.
 
Rosa de todas as cores,
Rosa de todos os amores,
Rosa de agradáveis odores,
Rosa, minha rosa, rainha das flores.
 
 Rosa que me encanta e me domina,
A rosa que ao longe me atiça,
É a rosa flor, minha eterna menina,
Rosa azul que tanto me enfeitiça.
 
Rosa que cala e que grita,
Rosa que a saudade agita,
Que se abre no pensamento e facilita,
Matar a saudade nas lembranças que nem Freud explica.

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 07/09/2012
Reeditado em 07/09/2012
Código do texto: T3870354
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