DICOTOMIA DA RAZÃO...
Jurei não lhe fazer meus versos,
E deixar meu peito deserto,
Em achar normal um mar de solidão.
Proteger as minhas mãos desse desejo,
De transformar o papel em meu espelho,
Traduzindo o que me implode de emoção.
Mas as juras nasceram para ser quebradas,
Qual a onda que no silêncio, ainda, vaga,
Até morrer num cais de ilusão.
Jurei em lhe sentir meu desafeto,
Disso não cheguei nem perto,
Só na mente, na imaginação.
Mas a mente não comanda,
E o coração é quem reclama,
Mostrando-me a verdadeira razão.
Pois sempre fingimos todo dia,
Um viver em dicotomia,
E, no final, quem manda é o coração...
Com sua razão...
Com toda razão...
... É o coração.