DICOTOMIA DA RAZÃO...

Jurei não lhe fazer meus versos,

E deixar meu peito deserto,

Em achar normal um mar de solidão.

Proteger as minhas mãos desse desejo,

De transformar o papel em meu espelho,

Traduzindo o que me implode de emoção.

Mas as juras nasceram para ser quebradas,

Qual a onda que no silêncio, ainda, vaga,

Até morrer num cais de ilusão.

Jurei em lhe sentir meu desafeto,

Disso não cheguei nem perto,

Só na mente, na imaginação.

Mas a mente não comanda,

E o coração é quem reclama,

Mostrando-me a verdadeira razão.

Pois sempre fingimos todo dia,

Um viver em dicotomia,

E, no final, quem manda é o coração...

Com sua razão...

Com toda razão...

... É o coração.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 06/09/2012
Código do texto: T3869012
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