Carma
Há muito, não me sinto pleno.
Pois o vazio me consome.
Minhas pernas estão trêmulas.
E a saudade responde pelo teu nome.
Na tua ausência, faço um esboço.
Falo de ti sem qualquer clichê.
E da tua boca vem o gosto,
Que não quero esquecer.
Em meio ao meu delírio,
Você salta dos meus olhos.
E recebe um novo brilho,
Neste espetáculo ilusório.
Se não me procura.
Eu vou ao teu encontro.
Como cruel é a penúria,
De quem inda está atônito.