" A TUA MÃO MAIS ATREVIDA "

Revirando as páginas da vida,

Bilhetes, cartas,

Souvenirs avariados,

E na gaveta bem guardado,

Um poema intitulado:"A tua mão mais atrevida".

A década era 40,

A película de amor,

No escurinho do cinema,

Entre uma e outra cena,

Nasceu ali,

Nosso poema.

Era muita repressão,

Avançar, nada podia,

Com liberdade vigiada,

O casal apaixonado,

Não passava do portão,

Namorar?Só pegar na mão.

Nas famílias conservadoras,

O pudor vinha primeiro,

Carícias era luxúria,

Beijar, pouca vergonha,

Pra moça ficar falada,

Bastava que o moço tocasse o seu joelho.

E foi assim que aconteceu,

Entre tertúlias e matinês,

Ou sessões de filmes apaixonados,

Queimando feito um vulcão,

Com os hormônios fervilhando,

Avancei o sinal,

Não resisti a tentação.

Se sentindo deshonrada,

Pôs fim no seu dilema,

A moça, o nosso amor abreviou,

Me deu um ultimato,

Entre nós tudo acabou,

O motivo você sabe,

Se quiser saber detalhes,

Digo mais neste poema.

PauloRobertus
Enviado por PauloRobertus em 03/09/2012
Reeditado em 03/09/2012
Código do texto: T3862614
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