RESTO DE AMOR

Tanta saudade que ainda “curto”

Que num surto de insanidade

Fora da realidade, grito teu nome!

Ainda dói forte a tua distancia;

Constância cruel, ó injusta solidão!

E, com sofreguidão, sofro o abandono

Vida não segue, mas se arrasta

Já não basta meu “basta” decidido

Se, ferido, o coração decide por mim

O mal está feito e não tem cura

É a criatura que vejo no espelho

Olhos vermelhos; sina da tristeza

Percebo, em fim, que a vida terminou

E acabou no desprezo; fito de um olhar

Vai passar, menos esse instante infinito

Como o lado mais bonito dessa história

Sem glória, mas com sabor; o de vida

Eis a minha ferida; resto de meu amor.

-.-.-