Carta à alguém que não sabe se vai.

Para onde os meninos correm

para onde a ciranda soa

é que eu vou.

Sorrir nem sempre é ser feliz.

Para onde as crianças morrem

com espadinhas de madeira

E para onde os homens ficam com suas respectivas mulheres,

amantes e piadas sujas

É que eu vou.

As balas serão os doces do hoje

As camisinhas, os de amanhã.

Talvez.

E talvez, ainda, te ame!

Para onde é que vai você?

Dispenso os doces, as espadinhas

(dê uma trégua a camisinha, é minha)

Por você, até mato as piadinhas!

Para onde é que você vai?

Isabella Narcizo
Enviado por Isabella Narcizo em 02/09/2012
Código do texto: T3862046
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