Carta à alguém que não sabe se vai.
Para onde os meninos correm
para onde a ciranda soa
é que eu vou.
Sorrir nem sempre é ser feliz.
Para onde as crianças morrem
com espadinhas de madeira
E para onde os homens ficam com suas respectivas mulheres,
amantes e piadas sujas
É que eu vou.
As balas serão os doces do hoje
As camisinhas, os de amanhã.
Talvez.
E talvez, ainda, te ame!
Para onde é que vai você?
Dispenso os doces, as espadinhas
(dê uma trégua a camisinha, é minha)
Por você, até mato as piadinhas!
Para onde é que você vai?