O SILÊNCIO TAMBÉM ESCREVE

Clara da Costa

Pensamentos jogados pelas nuvens,

palavras caídas, desamparadas

a letra voou,

versos pelo caminho atirados,

tremendo de silêncios e feridas.

Uma alma solitária,

que mergulha sem medo no tempo,

que valsa no vento,

peregrina na solidão,

como a folha perdida no outono,

A poesia abandonada pelo caminho,

sem rumo,

sem rima,

muda,

triste,

confundida

tentando curar as feridas da alma e do coração.

A saudade fere,

mas o silêncio também escreve...

Enquanto a distância morre calada,

a outra parte se parte

...tudo é só saudade.

Não quero chorar

apenas cantarolar

suspirando detalhes

e murmurando baixinho:

"Não te vejo, tenho saudade

...e você não vem,

não vem!"

Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 01/09/2012
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