Ponto de Partida

Sentada na cadeira

Observo através do espelho

A cama vazia...

A cortina ao vento

Balanceia minha alegria.

O vento ...

Desencadeia no tempo

Uma nostalgia reprimida

Laureada pela saudade

Que sinto das manias

Que me lembram Você.

Pressinto a dor

Que espreita

Minha memória...

A revelia

Surge a saudade ...

Que sinto

Toda vez que embarco

Nessa estória

Vivida e roçada

Deixada ao tempo .

Embriagada pela dor

Amoleço chorando

Rompendo o mundo

Que nos separa

Pressinto sua presença

Amiga

Juntos na mesma comoção

Vivemos com privacidade

Esse amor alucinado

Estamos juntos mais uma vez

Rompendo o tempo

Renascendo

E regressando

Ao ponto de partida.

Eliana Santos
Enviado por Eliana Santos em 19/08/2012
Reeditado em 31/08/2012
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