Ponto de Partida
Sentada na cadeira
Observo através do espelho
A cama vazia...
A cortina ao vento
Balanceia minha alegria.
O vento ...
Desencadeia no tempo
Uma nostalgia reprimida
Laureada pela saudade
Que sinto das manias
Que me lembram Você.
Pressinto a dor
Que espreita
Minha memória...
A revelia
Surge a saudade ...
Que sinto
Toda vez que embarco
Nessa estória
Vivida e roçada
Deixada ao tempo .
Embriagada pela dor
Amoleço chorando
Rompendo o mundo
Que nos separa
Pressinto sua presença
Amiga
Juntos na mesma comoção
Vivemos com privacidade
Esse amor alucinado
Estamos juntos mais uma vez
Rompendo o tempo
Renascendo
E regressando
Ao ponto de partida.