Reencontro
Segue no trem,
Nobreza de vestes
Espírito roto
Dormentes saudades
A distância encurta
Em cada estação
Em que fica para trás
Perdido o passado
Os olhos marejam
O que rumoreja
A rara flor dessa dor
Que justo agora viceja
Na mala pesada do tempo
Viaja uma saudade
De tudo que foi
Ou poderia ter sido
E como pesa o sentimento
De algo que nunca existiu
E dos tempos já mortos
Sepultados em amorosas lembranças
E como morre tão fácil
Deixando de ser aço
Sentimento que se esvai
No forte nó de um abraço