A TARDE QUE MORREU


Creio, não há o que minha vida arrume,
nem com a ajuda, da luz do vagalume,
nem com o luar, que espalha pelo campo...
Por que minha mente morta, nada mais cria,
e sei, não existe a vitamina que alivia,
mesmo que tivesse, a ajuda do pirilampo...

No escurecer solitário,
para ouvir o canto do canário,
meus ouvidos não tampo...

Já esperando, por uma noite tão escura,
que já é uma rotina, para minha amargura,
alegria?Só no jantar, com o peixe e o mugango...
Agora, espero pela neblina e a fumaça,
relaxando, quando a tristeza me abraça,
ouvindo ao longe, o triste pio do curiango...

Meu corpo não e imune,
e meu fracasso assume,
com a alma, não me zango...

Enfrentando mais o fim de um triste dia,
marcado por uma tarde de tanta agonia,
tristes momentos, que só a mim pertenceu...
Cai a noite, com a negrura de um triste véu,
e eu olhando, para uma estrela no céu,
perguntando, agora sem ela, quem sou eu?

Lua cheia, a mente em solidão,
música de fundo, o uivo de um cão,
mais uma tarde, que ontem, comigo morreu...





GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 09/08/2012
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