CHUVA
Pingos de chuva
Sobre o papel de seda...
E os sonhos se desfazem
Antes do amanhecer.
Palavras cálidas
Que não consolam...
Beijos que não matam
A sede de prazer.
Pingos de chuva
Sobre o telhado...
O sono que não chega
Não impede o pesadelo.
E as palavras que martelam;
Martelam na lembrança...
E há tanta lembrança
Num simples fio de cabelo.
E as horas passam, lentamente...
Arrastam-se sem pressa,
Aumentando o peso
Que tem a madrugada.
Pingos de chuva no telhado...
Pingos de chuva;
Lembranças
E mais nada...!