Derradeira centelha
Com o amargo sentir que me arranca e encarcera
Lá dentro de mim o que fui, o que eu era,
Ao lembrar-me de nós, tudo é desesperança!...
Inventando que tudo inda é parte do agora,
Reinvento um viver já perdido no outrora
E, mentindo pra mim, faço disso a vingança.
De ti faço a mentira, a verdade, e essa hora
Em que adentro esta caixa que sou! Da pandora
Latente que, em mim, ressuscita a criança!
Usurpado na essência e entregue em penhora
Nos sonhos, na fé, na beleza, na aurora,
Eis que foge-me o lume... E me fica esta herança!
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