SUBLIMES REFLEXÕES
Clara da Costa
No vagaroso arrastar do tempo,
a insônia transforma a madrugada fria e sorrateira em verso,
em sublimes reflexões que ecoam ao vento
que espreita a janela.
Sinto que a última ferida ainda não cicatrizou
quando remexo antigas fotografias
tentando vasculhar na memória esse amor que não passou
nem a magia que foram nossos momentos.
Voam pássaros sobre meus pensamentos,
vou ao limite da minha imaginação
fico como pétalas sem rumo aos ventos
em meio ao passado retratado à minha frente.
Fecho os olhos,
o coração balança sem ar,
vejo-me mergulhando o rosto no teu peito
perdendo-me no segredo do teu olhar.
A saudade sorri,
o sono lentamente me abraça,
sonho com aquele olhar terno e belo...
belo como um poema de amor.
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