O ROUBO DA POESIA


Meus belos versos, que foram roubados,
que contavam, a história de um dia...
Que relatavam passagens de belos passados,
não poderei provar, que foram de minha autoria...

Belos que eram, agora, de mim, desviados,
é que nunca pensava, que alguem os roubaria...
Histórias de nossos momentos, furtados,
já não me pertence, a tão chorosa poesia...

Entre tantas, era a minha leitura predileta,
que alguem levou, sem saber o que fazia...
Levando a obra prima, que  adorava, o poeta,
e versos como aqueles, nunca mais rimaria...

Belos temas! Já com as rimas esquecidas,
como não recordo das letras e suas cores...
Mas não esqueço, contaram sobre nossas vidas,
a poesia, que falava, sobre nossos amores...

Belos assuntos,poema e emocionantes relatos,
que tanto desejo, não sejam destruídos...
Escritos sobre o som de límpidos regatos,
os belos momentos, por nós dois vividos...

Quando levaram, senti algo tão anormal,
que deixou por tempos, doendo meu coração...
Como se cortassem, uma árvore de Natal,
como se matassem, uma linda canção...

Olhando um canário, o sabiá, o benteví,
e ao longe, brancas garças em seus ninhais...
Trazem mais saudades, daquilo que escreví,
poesias, que igual, não escreverei mais....



GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 16/07/2012
Reeditado em 16/07/2012
Código do texto: T3781218
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