SEM RIMA 277.- ... mais Guerra ...
Dado que surgiu o tema...
(melhor diria assunto)
em conversas públicas e privadas
faladas e escritas, mesmo aqui,
neste "Recanto" cordial "das Letras" na Lusofonia
(apesar de algumas pessoas andarem críticas com tal realidade
que estimam apenas conceito),
volto ao amigo e saudoso Professor Guerra.
Na obra citada colocou um poema, "Miragem",
que literalmente transcrevo:
Sobre as ruínas desoladas
das ricas urbes desaparecidas
da nossa pessoal
Estória
ergue-se
imenso e frágil
diminuto e forte
o equívoco edifício
da Memória
E data-o em Estoril, em 19 de junho 1985
Que poderia eu comentar, diminuir, resumir,
ou acrescentar a tão compendioso poema?
Haverá recantista que me liberte ou exima
de tal pecado?
Rima engraçada: "Estória"
(e não "História") com "Memória";
instigante
à briga simples, porquanto nada parece ser
tão contrário à Memória, em maiúsculo,
quer dizer, à Verdade, quanto, igualmente
em maiúsculo, a Estória, isto é, a Mentira.
(Infiro das definições de dicionários
essa oposição singela ou até inocente...)
Contudo, essa é a realidade presente,
ruína da passada e projeto vão da futura:
acho que o professor navega desmesurado
pelos oceanos procelosos do otimismo...
dificilmente a Memória pode ser metaforizada
por edifício, tanto tem se "imenso e frágil,
diminuto e forte" ou inclusivamente
"equívoco": a Memória só pode
ser comparada com ruínas,
que se esmigalham
lentas, como
pão en-
tre
o
s
d
e
d
doooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooosssss