Abandono

A noite aproxima-se.
O sol deita-se na praia embalado pelas marolas:
dá- me as costas.
Ressurgirá noutras plagas
com a mesma energia e disposição.
 
Eu observo calada.
Não sei de que lado fico.
Estou na fronteira do acordada
e do sono, que agora abomino.
 
Dormindo assumo riscos
de sonhar com o que não mais acredito.
Culpá-los, a você ou ao sol,
não tem mais sentido.
 
Permaneço, olhar no infinito, pedindo clemência,
busco a luz dum farol por sobrevivência.
 
Rogoldoni
01 07 2012



Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 01/07/2012
Reeditado em 23/08/2012
Código do texto: T3754654
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