SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Saudade
Que não se efaz nostalgia,
E nem por causualidade,
Muito menos melancolia.
Saudade na maioria das vezes,
É uma carícia da distância,
Que nos faz fregueses,
Da paciência.
Que nos faz pensar,
Refletir,
Sonhar,
Existir.
Nos faz querer mais,
Estar mais perto,
E jamais,
Perder o afeto.
Saudade é coisa boa,
Principalmente quando se ama,
E não é atoa,
Que a saudade é uma chama.
Chama que fica acesa,
Pelo resto da vida,
Dentro do peito em defesa,
Do esquecimento da mulher querida.
A saudade não faz esquecer,
Nem deixa o amor morrer,
A saudade de quem ama é pra valer,
Leva a esperança até morrer.
E quem tem saudade,
É porque tem um grande amor,
Junto ou em outra cidade,
Perto, longe, seja como for.
Saudade é a delicia que invade,
Quando se quer lembrar o carinho,
Quando se tem a felicidade,
De não estar sozinho.
Saudade..saudade...saudade,
Que não é pamonha,
Nem de Piracicada, a cidade,
E jamais será saudade enfadonha.
Então a minha saudade,
É Basilissa como identidade,
Do amor que se eterniza na nossa vontade,
E se faz permanente no âmago da nossa felicidade.
Ontem, hoje e no amanhã,
Não importa a nossa idade,
Vivo no doce afã,
E sei, que Basilissa é a minha felicidade.