É teu...
Minha noite de verão não tem sido cheia de sonhos
tenho ficado acordada,relembrando as mazelas do meu espiríto.
Quando levanto,esse sol forte,esse calor
dão uma moleza,uma demencia,
o cérebro parece adormecer...
Alma doente que se esconde,
enterrando-se na sombra.
Antes morrer aqui,
que ver o teu caminhar disperso.
Essa sensação de impotencia,
o peso dos grilhões em minhas mãos.
Esperar e desesperar,
tem me enlouquecido.
Estou cansada,caminhar descalça
fez rachar meus pés.
E tanto vinho,embriagou-me os ossos,
amoleceu os nervos,
e aquela fibra que foi pedra,
hoje efemera e frágil,qual pétala de flor.
Ahh eu sonhei,não posso mentir que sonhei,
mas foi no inverno,no tempo frio...
As nuvens escuras que um dia turvaram o céu
hoje se afastam,não lhe enxergo a forma desenhada ou a textura
de algodão.
Essas mesmas nuvens se vão,somente para me torturar
para enxergar o que está aminha frente...
Eu não gosto de luz
Fere meus olhos,rasga meu peito
lembro do teu sorriso...
Eu não quero lembrar,eu preciso esquecer
então deixe-me,preciso me entregar a treva
já que te vais ó corvo agourento,leva contigo minha dor
distancia;
letargia eterna,leva embora o meu amor
é teu.