Hoje o meu peito está vazio

Não existem lágrimas...

Só olhar longínquo revendo o passado que tão distante ficou

Sobre muralhas erguidas ao longo do caminho

Parecem proteção que foram criadas com tanto tino

Em vidraças espalhadas nas lembranças

Que tenho receio de quebrar

De figurinos soltos com o passar do tempo

Que tornam-se estátuas inacabadas

Ficaram erguidas em ventos soltos ...

Sendo lapidadas no deserto do vazio coração

Que corre em busca do tempo

Olhando para o firmamento estrelado

Acreditando num eterno amor...