TENHO SEMPRE MEDO DA SAUDADE

Tenho sempre medo da saudade,

Por isso quando estou longe de ti

Encho o meu peito de silêncio

Porque assim como o silêncio,

Teu sorriso “fala de seu próprio modo”

“Canta sua própria canção de alegria”

“De paz, de beleza e bênçãos”.

Quando de noite desperto meu corpo

E sinto que me falta o teu calor

Penso — “ lá vem o Sol”!

E depois lembro que antes de adormecer

Imaginei-te em indecisas línguas:

— Tu és a poesia suprema!

—You are the supreme poetry!

— ¡Usted es la poesía suprema!

— Lei è la poesia suprema!

Que saudade de feitio estranho!

Saudade sem regras como amor

— É estranha! É até bela!

Por causa desta beleza,

Minhas orelhas procuram teu falar

— “Coração”! “Bebé”! Eu em deleite.

E meus ombros querem servir tua tristeza

Porque sabem que lágrimas são palavras

Do idioma do silêncio.

Tenho sempre medo da saudade.

Oh, Deus! Saudade louca!

Saudades de tudo o que fizemos

Saudades de fazer nada ao teu lado.

Quando esqueço a saudade, penso:

— Que maior riqueza a Deusa Lakshimy

Poderia dar a alguém, se não ela própria?