BANDOLEIRO DE ILUSÕES!...
Águas rasas!... A sede não sacia...
A relva amarelada diz do esquecimento
traduz a injustiça...Tropeço da alegria
Segue adiante o que não tem arrimo
Folhas soltas, espinhos pontiagudos;
ressalva de um jardim sem flores...
Brotam carências nas fases da lua
Tudo que um dia foi amores
perdeu-se na incompreensão
para tal infundada é a razão...
Desencontros por falta de afeto,
Inverdades!...Desilusão...
Feridas abertas na busca do amanhã,
Ao vento ficam as palavras,
finda a beleza do que foi cumplicidade,
agonia que o corpo não satisfaz
Valores distorcidos, vida vazia...
A margem, a espera não se fez...
Lágrima sem parceria no dia
em que as velas rotas, foram
displicentemente deixadas no cais
Novas rotas?!... A bordo
esquecimento de outros tempos
Confiança desfigurada!...
Desviam-se as razões...
Na praia a loba espreita!...
O marujo segue adiante,
por vezes um olhar ou outro...
Sentimentos unilaterais fazem
do humano um animal errante
bandoleiro de ilusões...
Santo André - SP
07.02.2007