Apenas saudades
Algo que se aloja no meu peito
Ferindo como uma fria lamina
Deixa o coração doído sem jeito
Nessa ausência eterna que me inflama.
Dor que só me machuca e tortura
Num grito mudo tão sem piedade
Duma falta que sangra e enclausura
Sempre com total assiduidade.
Nos pensamentos vem o dilema
Olhos marejados, sem encanto
Da imensa saudade que me algema.
Roubando todo o meu doce canto.
Trazendo à tona as belas lembranças
Pai, trago no peito tua herança
Dos teus conselhos de ternura
Que sempre me deste quando criança!
Fatima Galdino
19/06/2012