Sempre acordar

Dedicando à bela Lua,

Como se soasse um canto,

Lhe estendesse um manto,

Ou a admirasse sempre nua.

Me concede pela noite uma dança,

Ensina de sua sabedoria o teor,

Por quanto de orvalhos passou,

Quantos sorrisos alimentou,

Mas quantas lágrimas não pôde enxugar.

Me sento e admiro,

As vezes sinto me tocar,

De vez em quando comigo estar.

De amante ao que uma amizade,

Do conforto a confortante,

O tempo todo em um mero instante.

O dia vem e mais uma noite chega,

Num céu que não tem fim,

A Lua que sempre é por mim,

Um desejo que sempre será assim.

Que se perca na paisagem,

Deste pesadelo um sonho,

De ver-te, ó Lua, ainda mais bonita,

De volta aos braços de minha mãe querida.

Vanderlei
Enviado por Vanderlei em 24/07/2005
Código do texto: T37208