Sempre acordar
Dedicando à bela Lua,
Como se soasse um canto,
Lhe estendesse um manto,
Ou a admirasse sempre nua.
Me concede pela noite uma dança,
Ensina de sua sabedoria o teor,
Por quanto de orvalhos passou,
Quantos sorrisos alimentou,
Mas quantas lágrimas não pôde enxugar.
Me sento e admiro,
As vezes sinto me tocar,
De vez em quando comigo estar.
De amante ao que uma amizade,
Do conforto a confortante,
O tempo todo em um mero instante.
O dia vem e mais uma noite chega,
Num céu que não tem fim,
A Lua que sempre é por mim,
Um desejo que sempre será assim.
Que se perca na paisagem,
Deste pesadelo um sonho,
De ver-te, ó Lua, ainda mais bonita,
De volta aos braços de minha mãe querida.