Um Poema em Mirandês!... Oh Minha Aldeia Transmontana.
Oh ... Mie Aldé Strasmuntana!
Tu tenes ua beleza tamanha!...
Que you trago siempre na lembrança.
Oh Mie Aldé Strasmuntana,
Te deixei, you era inda ua nino.
Parti i lebei siempre cumigo!...
N’alma ua tristeza sin fin.
Eimigrei!... fui percurar un abrigo,
Mas jamales squeci l tou Jardin.
Plantada alhá stá ne l sopé de la Serra,
Las bezes branca, to cubierta de niebe!...
I dura até al amanhecer de la Primabera,
La suidade que me ben tan de lebe...
Desta lonjura de l camino que nun finda,
Este mirar de a mie Aldé, que ye tan guapa!
(in: "POESIAS SOLTAS")
De: Silbino Poténcio... L Home de Carabelas de Mirandela)
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Versão original em Português:
Oh!... Minha Aldeia Transmontana,
Tu tens uma beleza tamanha!...
Que eu trago sempre na lembrança.
Oh Minha Aldeia Transmonta,
Te deixei, eu era ainda uma criança.
Parti e levei sempre comigo!...
N’alma uma tristeza sem fim.
Emigrei!... fui procurar um abrigo,
Mas jamais esqueci o teu Jardim.
Plantada lá está no sopé da Serra,
As vezes branca, toda coberta de neve!...
E dura até ao amanhecer da Primavera,
A saudade que me vem tão de leve...
Desta lonjura do caminho que não finda,
Este olhar da minha Aldeia, que é tão linda!
(in: "POESIAS SOLTAS")
De: Silvino Potêncio... O Home de Caravelas de Mirandela)