Quando Brotou o Botão
Por um mar de letras
O tempo se fez mensageiro,
De atos, fados, edos de um coração
Entorpecido pela magia da nostalgia
Sempre etérea pelos templos!
Enquanto à noite caminha até a madrugada,
Sou levado pelas trilhas deixadas pelo silente
Dando melodia a cada lágrima que cai
Tatuando no veio lendas vivas, oníricas,
Como o mel que dá cor ao olhar!
Pelo sublime voejo das folhas,
Envolvo-me nos prazeres que foram alforriados
Nas entrelinhas, criadas em meio aos cômodos
D’onde um pingente guarda uma história,
Encantada no âmago, versada no êxtase!
As estações mudaram,
O destino deixou suas pétalas entre os sonetos
Embriagando verso após verso que descreve
O amor em todos os tons enfatizados pelo vento,
Movendo os moinhos do norte...
Ah! Sentimento!
As águas já não se encontram,
Mas o sentir ainda pulsa desde o momento
Que brotou o botão!
Auber Fioravante Júnior
30/05/2012
Porto Alegre - RS