SAUDADE(Poema para Basilissa n. 1935)

(Sócrates Di Lima)

No triste me apago,

No abrir e fechar de olho,

Na saudade me divago,

Em pratos me desfolho.

A minha mente retrata,

Um olhar azul de perdição,

Num sorriso que me farta,

Da doce inspiração.

E canto triste o cântico da saudade dela,

Como o sabiá no galho da laranjeira,

Como o rouxinol na janela,

Num triste fim de tarde na soleira.

Saudade que nunca se acaba,

Sentimento que se faz pertinente,

Como chuva que desaba,

É a saudade dela e da gente.

Não vejo outros olhos na multidão,

Nem outros risos em luar aberto,

Não há outra pousada em meu coração,

E nem outra dona do meu amor, por certo.

E se eu canto triste minha saudade,

É porque apenas ela é o meu bem mais querido,

E pela minha existênte realidade,

Somente Basilissa é o meu maior sentido.

No triste me apago,

Nas lembranças e nós dois,

Nesta minha saudade louca embriago,

Agora, amanhã e ao depois.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 30/05/2012
Reeditado em 31/05/2012
Código do texto: T3696102
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