Vidas de minha vida
Ainda latente
Palpita dentro de mim
Um amor ardente.
Os anos passaram,
Na mente as imagens,
Confusas e distorcidas.
Guardam recordações
Das vidas de minha vida.
Uma delas eu sei,
Dissabores e amarguras
Me trouxe aos montes.
Contudo, alegrias foram vividas
Não sei se mais ou menos.
Com certeza, intensas!
De uma, pouco me recordo.
Passagem mais que efêmera
Sem marca, sem marco.
Simplesmente iniciou e terminou.
De algumas eu fugi,
Como o diabo foge da cruz.
Eram duplas, triplas faces,
De contornos indefinidos
Sem corpo, sem moral.
Só a eterna vontade de aprisionar.
Quantas as tive, não sei.
As lembranças são como ondas do mar
Vêm e vão infinitas vezes,
Mas nunca com a mesma intensidade