SAUDADE DO CARPEDIM

Estou farto do paraíso silvestre

Da misteriosa sombra de uma coruja na sacada

Do embriagar-me com aroma do ipê florido, e

Despertar com co-co-ro-có-có do cantor da madrugada

Minha alma clama pelo tédio urbano:

Poluição, fila de banco, violência, engarrafamento

Vícios que motivaram o enfartado coração

Buscar lenitivo bem longe da rotina de bar.

Hoje, meu viver é um cotidiano de nostalgia

Quietude que me abafa a essência e razão ser

Uma ressaca que só será curada no vigor da boemia...

Na alegria das mesas do CARPEDIM.

Antonio Virgilio Andrade
Enviado por Antonio Virgilio Andrade em 22/07/2005
Código do texto: T36773