Anil

Menti a cor dos teus olhos, não os esqueci.

São como profundos infinitos,

azuis eternos tão bonitos

mais que todos que já vi!

Ah, se foi pecado, não o sei! Mas a cor, menti.

Diria qual verdade do teu olhar ateu,

que nele me perdi e que morri de amores por ti

e pelos olhos teus?

Ah, estes círculos dos céus!

Que fazem de qualquer um que os olhe, culpado e réu

Que possuem a cor criada para ser vista,

pois prende fixamente esse azul anil

com a leveza e força mais sutil

que possa exercer sobre sua vítima.

Vítima qual, eu própria me fiz

dos teus olhos perdidos

com dois caminhos infindos

de perpétuos azuis anis.

SkyFolks
Enviado por SkyFolks em 18/05/2012
Reeditado em 02/10/2012
Código do texto: T3675350
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