Preciso de alguém...

Caminho há muito tempo.

Vejo casas e campos cheios de fartura.

Passo por crianças sorrindo e velhos rabugentos, porém felizes.

Animais livres e outros que romperam as rédeas.

Assim com eu! Sem cerca, mas também sem abrigo.

Tenho batido em algumas portas.

Nenhuma delas se abre.

Vez ou outra; tomo café e converso com algumas pessoas.

Aparentemente sou portador de algum repelente.

Algo que pode estar no que penso e transmito.

Algo que pode estar na minha maneira de ser.

A caminhada continua... Tenho meus pés feridos...

Nada se comparado às feridas cravadas em minha alma.

Vejo que o amor de meu filho ficou no horizonte distante.

Bem como o de sua mãe, que um dia foi meu grande amor.

Aquele que me abriu as portas que hoje se fecham:

A porta da felicidade...

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jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 02/02/2007
Reeditado em 08/02/2007
Código do texto: T367396