Ela vai voltar.

E um dia quem sabe, ela que sempre foi atrevida

Que revirava as gavetas procurando uma fita antiga,

Volte tão serelepe e viva como se fosse uma amiga

Que volta de uma viagem breve á uma praia desconhecida.

E um dia aí quem sabe, ela que escrevia poesia,

E usava palavras fortes muitas vezes sem rima,

Apareça dissonante e magnética como um imã,

Atraindo os olhares com seu sorriso e alegria.

Ela que tão honesta e tão cheia de discursos

Meiga e gentil de fato, ainda um ser imáculo

Redigindo seus ideais irreais como um oráculo,

Venha expor seus fracos e impotentes recursos.

Venha trazer a esperança que o tempo dispersou,

Venha acolher o erro e perdoar ao pecador.

Quem sabe ela que foi tão bela mas se desperdiçou,

Com as teorias das coisas, da vida e do amor.

Quem sabe ela volte ainda com o mesmo brilho no olhar

Com aquele ar inocente mas sempre atento e curioso

Que faça florir nos campos como um dia chuvoso,

E traga de novo o encanto, de viver e de sonhar!

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 02/05/2012
Código do texto: T3645806
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