BRISA NO ROSTO
A brisa no rosto é um açoite
Na calmaria da noite um cheiro de mato
Na montanha distante as árvores se curvam ao vento
Um certo mistério me ronda
Um pequeno pensamento não me deixa
Estará ela buscando as mesmas estrelas neste céu agora?
Por que montanha derrama ela seu olhar fulgurante?
Uma grande urgência me toma
A inquietude voraz se achega
Eu conto as distancias com olhos treinados
Sinto brotar certa tristeza
Mas a brisa no rosto é um açoite